Será que meu caso é para psiquiatra?

Daniel Cavalcante
Psiquiatra – CRM: 165836

Se você chegou até essa página, é bem provável que, antes, tenha se perguntado isso. Vamos então esclarecer algumas dúvidas comuns sobre psiquiatria.

Se você chegou até essa página, é bem provável que, antes, tenha se perguntado: “será que meu caso é para psiquiatra?”.

Muitos carregam na mente a crença de que tal profissional é “médico de louco”; outros pensam que, se começarem um tratamento psiquiátrico, se tornarão dependentes dos medicamentos, ou que irão sofrer com muitos efeitos colaterais; há ainda aqueles que acham que a solução para o sofrimento pelo qual estão passando só depende do próprio indivíduo; sem contar os que postergam ao máximo a ida ao psiquiatra, pelo medo (sustentado pelo persistente preconceito da sociedade) de serem rotulados como doente mental…

Mas, voltando àquela pergunta: será que você precisa de um psiquiatra nesse momento?

O psiquiatra é o médico, especialista em doenças do aparelho psíquico, ou seja, é aquele que foi preparado para aliviar o sofrimento decorrente de distúrbios no funcionamento da mente, seja os mais simples até os mais complexos. Porém, independentemente da complexidade do caso, o sofrimento e o prejuízo relacionados sempre são muito significativos. 

Por exemplo, a ansiedade é um sentimento normal da rotina de qualquer indivíduo. Ela inclusive nos ajuda a realizar as nossas tarefas da melhor maneira possível; sem ela, o desempenho tenderia a ser inferior. Contudo, no momento em que a ansiedade ultrapassa um certo nível, ela passa a gerar desconforto, não apenas psíquico, mas também físico, gerando sensações corpóreas desagradáveis. A partir do momento em que essa exacerbação persiste na maior parte do tempo,  ela passa a prejudicar o funcionamento do indivíduo em diversas áreas de sua vida. E é aí que isso passa a ser um transtorno. E, como qualquer transtorno de saúde, é preciso tratar, a fim de evitar as inúmeras consequências danosas atreladas a ele. 

Para cada problema relatado pelo paciente, há inúmeras questões a serem abordadas para que se compreenda melhor o que pode estar contribuindo para o estado em que ele se encontra.

E é por isso que as consultas psiquiátricas tendem a demorar mais, principalmente a primeira delas. 

Para que se possa conversar com toda a calma necessária, o ideal é que as consultas psiquiátricas durem mais tempo, propiciando ao paciente a atmosfera ideal para que ele fique à vontade para expor tudo que lhe aflige. Esse maior tempo permite, também, explicar o diagnóstico e esclarecer os objetivos do tratamento e os possíveis efeitos colaterais da medicação.