Obesidade na Gestação

JANAINA PETENUCI BLOG

Dra. Janaína Petenuci
Médica Endocrinologista – CRM 166420

A obesidade acomete uma a cada duas gestantes nos Estados Unidos. Um dado alarmante onde mais de 50% estão com sobrepeso ou obesas e 8% das mulheres em idade reprodutiva estão obesas. Nesta epidemia da obesidade, as mulheres são especialmente afetadas, incluindo as brasileiras.

Segundo pesquisa da OMS, 20,7% das mulheres no país são obesas, percentual alarmante ao considerarmos que é um problema de saúde em expansão entre elas em idade reprodutiva, com a gestação na lista dos fatores desencadeantes da doença.

As complicações associadas ao ganho de peso excessivo têm repercussões durante a gravidez, parto e pós-parto.
⦁ Uso de serviços de saúde em maior frequência
⦁ Manutenção de excesso de peso em gestações subsequentes
⦁ Maior tempo de permanência hospitalar
⦁ Abortos recorrentes e perdas fetais.
⦁ Dificuldade técnica para pesquisa de anomalias fetais em USG de screening.
⦁ Más formações de tubo neural e cardíacas congênitas
⦁ Infecção de parede abdominal.
⦁ Complicações tromboembólicas e anestésicas
⦁ Depressão
⦁ Dificuldades aleitamento materno

Na evolução da gravidez, fetos de mães obesas apresentam:
⦁ Macrossomia fetal
⦁ Grandes para idade gestacional
⦁ Traumatismos de parto

Filhos cujas mães são obesas têm mais complicações psicológicas:
⦁ Sintomas emocionais
⦁ Dificuldades psicossociais
⦁ Déficit de atenção e hiperatividade
⦁ Autismo
⦁ Atraso desenvolvimento neurológico
⦁ Necessitam de apoio fonoaudiólogo

Essas crianças mostram com mais frequência:
⦁ Obesidade
⦁ Doenças renais crônicas
⦁ Asma
⦁ Câncer
⦁ Anomalias congênitas
⦁ Alterações de crescimento e desenvolvimento

A avaliação nutricional pré-concepcional e as mudanças de estilo de vida devem ser priorizadas.