Dra. Maíra Fassoni
Médica dermatologista
CRM-SP: 200775 / RQE: 114004

Quando falamos de cuidados com a pele, muita gente ainda acha que é coisa de vaidade. Mas não é. Cuidar da pele é saúde. E cada consulta que eu faço, independente da queixa principal, tem um espaço reservado para isso: orientar como essa pele vai ser cuidada em casa.
Hoje vou contar o caso da Sara.
Ela chegou no consultório com algumas queixas pontuais. Mas, além disso, ela também tem a pele sensível. E aí vem aquele desafio clássico: como cuidar sem agredir?
Antes de te contar o que indicamos pra ela, quero te lembrar de uma coisa simples (e essencial): todo mundo precisa de três coisas no skin care diário — sabonete, hidratante e protetor solar. O segredo não está na quantidade de passos. Está em escolher os produtos certos para a sua pele.
Como montar um skin care sem irritar a pele sensível
De manhã, organizamos a rotina da Sara com um sabonete suave, formulado justamente para quem tem pele sensível e reativa. Nada que resseque, nada com espuma demais. Só o necessário para limpar sem machucar.
Depois, entramos com um hidratante específico. Nada pesado, nada com fragrância. A ideia é acalmar e fortalecer a barreira da pele.
E claro, o protetor solar. No caso dela, ela prefere os sem cor, com textura bem leve, quase imperceptível. Escolhemos um protetor fluido, que se adapta bem e não pesa.
Como tratar cravos sem descascar a pele toda
À noite, a lógica é parecida, mas com um plus.
Repetimos o sabonete e o hidratante — porque, sim, pele sensível precisa de rotina estável. E aí entra o tratamento para os cravinhos. Muita gente acha que ácido é tudo igual. Que é só aplicar e pronto. Não é.
Com a Sara, fizemos assim: primeiro o hidratante, depois o ácido. Isso cria uma barreira que ajuda a pele a tolerar melhor o tratamento. É um truque simples, mas que faz muita diferença para evitar vermelhidão, coceira e descamação.
Como adaptar o skin care sem virar refém de mil produtos
O mais importante aqui não é a lista dos produtos que a Sara vai usar.
É entender que o que funciona pra ela pode não funcionar pra você.
Ou pode sim — mas só depois de entender como a sua pele se comporta.
Ela vai evoluir com essa rotina por 30 dias. Depois disso, a gente conversa de novo, vê como a pele reagiu e ajusta o que for necessário. Skin care não é receita de bolo. É acompanhamento. É escuta. É adaptação.
Cuidar da pele não precisa ser complicado. Precisa ser certeiro.
E certeiro só é possível quando a gente respeita o que a pele está pedindo.
Se você sente que sua pele vive irritada, ou se perdeu tentando seguir dicas da internet que não funcionam para você, talvez esteja na hora de pensar em algo só seu. Como fizemos com a Sara.
E aí, vamos cuidar da sua pele de um jeito que faça sentido para você?