Depressão na Infância

blog NORTON KITANISHI

Dr. Norton Kitanishi
Médico Psiquiatra Infantil – CRM: 163352

Conforme a população vai ficando mais consciente sobre a sobre a depressão, mais atenção vem sendo dada para o transtorno em faixas etárias diferentes das que costumamos ouvir falar. Na infância, por exemplo, os sintomas podem se apresentar de maneiras diferentes, portanto  é necessário estar atento às peculiaridades da depressão nessa faixa etária.

O humor deprimido, um dos sintomas mais importantes da depressão, pode estar mascarado como uma piora da irritabilidade. É comum os pais perceberem que seu filho está mais “manhoso” ou choroso.

A perda do interesse pode aparecer como uma redução do repertório de atividades da criança, como uma criança que gostava de ir ao parque ou visitar parentes, e agora quer ficar só no videogame ou celular, ou então não quer sair do quarto, podendo se misturar com outro sintoma, a perda de energia.

Alterações no apetite e no sono também são comuns, como a criança que agora está comendo demais ou pouco, ou está com sono muito agitado ou dormindo demais.

Sentimentos de culpa e inutilidade podem ser vistos quando a criança se chama de burra, feia, ou diz que não serve para nada. Discurso de não querer ter nascido ou mesmo de querer morrer fazem parte do sintoma  de pensamentos de morte.

Por fim, a dificuldade de se concentrar pode se expressar como queda no desempenho acadêmico.


Se você conhece alguma criança que esteja apresentando esses sintomas, procure um psiquiatra da infância e adolescência.

Compulsão Alimentar na Infância

blog maria  CLARA QUEIROGA DE F.blog MARIA CLARA QUEIROGA DE F.MARIA CLARA QUEIROGA DE F.

Dra. Maria Clara Queiroga
Médica Psiquiatra – CRM: 194293

Transtorno de compulsão alimentar na infância, isso existe? A resposta é sim!
A obesidade infantil cada vez mais tem se tornado um problema de saúde pública, oferecendo prejuízos a nível clínico e psicossocial às crianças que apresentam esta condição. Sua causa é multifatorial, muitas vezes podendo estar associada a transtornos alimentares.

Alguns comportamentos associados a alimentação devem levantar a suspeita de um transtorno de compulsão alimentar (TCA) na infância, como: consumir grandes quantidades de comida em curtos períodos de tempo, ter sensação de falta de controle, comer a ponto de se sentir desconfortável, comer quando não tem fome, comer escondido, sentir-se triste ou envergonhado depois de comer.

👉Crianças e adolescentes com o transtorno tendem a esconder sua compulsão alimentar das pessoas ao seu redor, muitas vezes por sentimento de culpa, tornando os sintomas difíceis de serem detectados.

A investigação diagnóstica e manejo do TCA na infância se faz necessária não só pela possibilidade de ganho de peso e suas implicações clínicas, mas também pelo sofrimento mental associado à essa condição. O TCA frequentemente está associado à alterações de humor, sintomas do campo da ansiedade e prejuízo de autoestima, o que pode levar a importante prejuízo escolar e social nessa faixa etária.

Na suspeita do transtorno, o ideal é buscar profissional especializado a fim de realizar diagnóstico, traçar projeto terapêutico e realizar seguimento individualizado. Cuidar da saúde mental é sempre a melhor escolha, é oferecer melhor qualidade de vida para a criança e sua família.❤

Consumo de Alimentos Ultraprocessados e o Impacto na Saúde Mental

GABRIELA LAIBER BLOG

Dra. Gabriela Laiber
Nutricionista – CRN3/ 54141/P

O consumo de alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes, achocolatados, cereais matinais, refeições prontas congeladas, macarrão instantâneo, sorvete, entre outros (alimentos ricos em açúcar refinado) gordura saturada, alto teor de sódio, corantes e outros produtos sintéticos, são considerados inflamatórios ao nosso organismo. Além disso, estão associados com o desenvolvimento de doenças como, obesidade, diabetes, hipertensão arterial e câncer.

No entanto, recentemente, estudos mostram também a relação dos ultraprocessados com a depressão. Segundo o professor de psiquiatria e psicologia médica da Universidade de Valência, Vicent Balanzá, as doenças psiquiátricas, como a depressão e a esquizofrenia, não são muito diferentes da diabetes, se olharmos as mudanças que ocorrem no organismo em um nível molecular. As pessoas com diabetes e com depressão se encontram em um estado de inflamação sistêmica leve, mas crônica. Dessa forma, alimentos industrializados e ultraprocessados, por serem pró-inflamatórios, levariam a uma piora do quadro de tais doenças. Assumindo isso, as intervenções com dieta e nutrição podem ser eficazes para corrigir a inflamação também, nas doenças psiquiátricas e, em geral, para melhorar o prognóstico das pessoas que as sofrem.

Importante lembrar que você é único e muitos outros fatores precisam ser avaliados individualmente. Para uma análise completa, é necessário que você passe por uma consulta com um nutricionista. Entre em contato conosco. Clique aqui e agende sua consulta.