Neurose

BLOG ELAINE MATTOS

Dra. Elaine Mattos
Psicóloga – CRP: 80/688

A neurose é um quadro clínico atípico definido por sentimentos e emoções negativas.

Há diversos tipos de neurose que podem afetar uma pessoa. Os nós neuróticos possuem grandes apreensões sobre tudo a sua volta.

Além disso, são emocionalmente vulneráveis ​​e não reagem bem a mudanças ou críticas.

Como tornar a demência é uma doença inevitável

BLOG ANA OLÍVIA

Dra. Ana Olívia Montebelo
Neuropsicóloga – CRP: 06/76785

O declínio cognitivo é inerente ao ser humano sobretudo na fase senil, e esquecimentos fazem parte do processo de envelhecimento normal. Esse tipo de declínio deve ser encarado com naturalidade desde que sejam excluídos prejuízos na vida cotidiana, na funcionalidade e na rotina familiar.

O medo de que declínios cognitivos atestem a existência de quadros demenciais é um sentimento que revoa entre familiares cujos membros estão envelhecendo, e esse sentimento pode ser potencializado quando estamos falando de pessoas do sexo feminino posto que, proporcionalmente, por viverem mais tempo, apresentam maiores chances de serem acometidas por quadros demenciais.

Há ainda outros fatores de risco ligados ao acometimento de quadros demenciais em mulheres: quadros depressivos e isolamento social, menopausa cirúrgica, pré-eclâmpsia no período gestacional e, surpreendentemente, atividades laborais que envolvam o cuidado de outrem.

Apesar dos quadros demenciais serem frequentemente modulados pela genética, a boa notícia é que em países de alta renda sua prevalência vem diminuindo e isso pode indicar que alguns fatores de risco são modificáveis. Perece então ser errado assumir que a demência é uma doença inevitável, sobretudo quando observados fatores de riscos que envolvam tabagismo, hábitos alimentares, nível educacional, além dos fatores supracitados.

A Comissão para Prevenção e Cuidados da Demência da Lancet recomenda que “ser ambicioso em relação à prevenção da demência” é mais eficiente do que tratar a doença, e embora o diagnóstico se dê em idade mais avançada as alterações cerebrais podem começar a acontecer décadas antes do diagnóstico.

Pesquisas para melhor compreensão do motivo pelo qual mulheres são mais acometidas pela demência seguem em andamento, mas enquanto não temos total clareza dessas razões sigamos ambiciosos em ações preventivas como: melhorar níveis educacionais, tratar depressão, controlar hipertensão, cuidar da perda de audição para evitar diminuição nas interações sociais, aprimorar o contato social, combater a obesidade, evitar a diabetes, evitar o tabagismo e fazer atividades físicas.

Conversando sobre a Psicoterapia Infantil

blog SHEILA WEREMCHUK IDA

Dra. Sheila Ida
Psicóloga
CRP: 06/148469

‘’ Raspem o adulto, e encontrarão a criança’’ ( Ferenczi, 1909).
Todos sabemos sobre a importância da vida psíquica das crianças. Assim, quando pensamos no atendimento infantil destacamos o papel da prevenção, já que a infância é um tempo de crescimento, desenvolvimento e constituição psíquica. Podemos compreender a Psicoterapia Infantil como um espaço, desde muito cedo na vida da criança para ela pensar na sua subjetividade e construir sua estruturação psíquica.


Nem sempre é simples para os pais reconhecerem que precisam de ajuda com os seus filhos. São diversos os motivos que fazem uma criança necessitar de psicoterapia, mas, geralmente, o tratamento é indicado quando a criança está passando por algum sofrimento que nem ela e nem a família estão conseguindo lidar. Outras vezes, o encaminhamento pode ser feito por outros profissionais da saúde como pediatra, neurologista, psiquiatra ou pela escola.


Através da brincadeira, a criança pode expressar seus sentimentos e elaborar suas angústias. Desta forma, o terapeuta é capaz de identificar os conflitos e auxiliar na busca de melhores alternativas, ao mesmo tempo que orienta os pais. Como funciona a Psicoterapia Infantil:


As primeiras consultas são realizadas com os pais ou responsáveis pela criança. Os objetivos dessas entrevistas são conhecer sobre o começo de vida da criança e entender a demanda para o tratamento. Logo em seguida, a criança será avaliada através de brincadeiras e sempre de forma lúdica. Se necessário, serão utilizados instrumentos psicológicos.


Busca-se integrar as observações realizadas com a criança com as informações coletadas na entrevista com os pais para compreender a situação e avaliar a indicação ou não da psicoterapia infantil. Para finalizar essa fase de avaliação, é realizada uma entrevista de devolução para os pais contendo as impressões observadas e as indicações de tratamento necessários. Caso seja indicada a Psicoterapia da criança, nessa entrevista final será combinada a frequência das sessões.

Antes de achar que é déficit de atenção, leia este artigo!

LUCIANO BLOG

Dr. Luciano Messias
Psicólogo – CRP: 06/148895

A queixa é bastante comum, crescente e pode causar a sensação de tristeza e impotência. Algumas pessoas pensam ter déficit de atenção ou acham que seus filhos/alunos o possuem, por conta de um fraco desempenho escolar ou de trabalho. Nessa ocasião, é muito importante tomar cuidado com a patologização desenfreada e responsabilizar somente o indivíduo por seu mau desempenho. Isso é um perigo, pois a questão pode estar localizada no ambiente ou num procedimento pedagógico equivocado.

Neste artigo apresento um roteiro com os cuidados básicos para um melhor desempenho atencional. É preciso num primeiro momento, nos certificarmos se todos esses hábitos e cuidados estão sendo contemplados. Na maioria das vezes, com algumas mudanças na rotina e atitudes saudáveis, conseguimos superar essa dificuldade atencional. A Atenção é um dos principais recursos mentais, senão o principal. É por meio dela que a realidade é apreendida, acessamos a memória e conduzimos o aprendizado. Trata-se de um recurso cognitivo limitado e escasso. Por todos esses motivos precisamos cuidar bem dela. Vamos lá?

MOTIVADORES
Algumas pesquisas demonstram que somos capazes de manter o nosso estado de vigilância e atenção, mesmo diante de situações adversas, como privações de sono, caso nossas motivações sejam fortes o suficiente para isso. A atenção aliada à motivação são ferramentas potentes e capazes de determinar nosso nível de competência diante de uma tarefa. Se uma atividade for entendida ou apresentada com peso e dificuldade, sua execução será feita de forma ruim; e o contrário é verdadeiro. Portanto, saiba nomear e encontrar tudo aquilo que o motiva quando for realizar alguma atividade, mesmo burocrática. Da mesma forma as crianças precisam de uma boa apresentação e motivação para os afazeres escolares e domésticos. Estudar precisa ser divertido, estimulante e transformador. Bons vínculos com o professor e figuras de autoridade são capazes de motivar uma criança em seu aprendizado. Quando alguém é validado e incentivado pelos seus esforços, este alguém terá bons motivos para continuar aprendendo. Lembre-se de reconhecer os esforços e não os resultados, estes virão como consequência.

DISTRATORES
A atenção está constantemente lutando contra seus distratores e nessa competição é possível que várias oportunidades escapem de nossas mãos. O custo a ser pago por não se estar presente no aqui e agora, algumas vezes, pode ser alto demais e danoso. Pense, neste caso, numa pessoa dirigindo. Atualmente o celular e o vídeo game são os campeões dos distratores. Portanto, nomeie e controle seus distratores colocando prazos e se distanciando cada vez mais deles. Escolha se fazer presente e usar a atenção plena. Lembre-se que o enriquecimento de informações irrelevantes irá causar o empobrecimento da sua atenção como um todo.

SONO
É fundamental um sono reparador e adequado para uma melhor qualidade atencional. O importante é que seja reparador e proporcione um bom descanso. Uma das maiores dificuldades em dormir cedo, está ligado também ao uso de eletrônicos. A incidência da luz e a claridade deles confunde o cérebro que reduz a produção de melatonina por pensar que é de dia, mantendo o estado de vigília. O hábito de dormir tarde ao longo da semana fará com que você chegue exausto na sexta feira pelo acúmulo da privação de sono ao longo da semana. O cansaço e a privação de sono, portanto podem prejudicar e piorar a sua atenção, concentração, rendimento acadêmico e aprendizado. Sugiro que você tenha um horário regular para dormir e acordar, coma alimentos leves à noite e com antecedência de 2 horas antes de ir dormir. Nunca durma com fome. Abandone os eletrônicos 1 hora antes de ir deitar.

ALIMENTAÇÃO
Uma alimentação saudável tem um papel fundamental no desenvolvimento neurológico. Deficiências nutricionais e má alimentação (rica em açúcar e gordura, pobre em frutas e vegetais) influenciam significativamente a qualidade atencional. Uma alimentação ruim pode prejudicar o desempenho acadêmico, disposição, autoestima e concentração. Seu sistema cognitivo e mental depende de uma boa alimentação e hidratação para funcionarem bem.

ATIVIDADE FÍSICA
Pesquisas demonstram que além de diminuir a ansiedade e depressão, a atividade física melhora significativamente o seu desempenho cognitivo. Mas para isso a atividade física deve ser prazerosa e atrativa.

A Atenção é quem nos conecta ao mundo definindo nossas experiências de vida e senso de realidade. É ela quem sustenta a consciência e regula as ações voluntárias, pensamentos e sentimentos. A Atenção determina o que vemos, somos e construímos. Funcionando como um músculo que se pouco utilizado, definha. Portanto, antes de achar que alguém tem déficit de atenção, tente começar corrigindo seus maus hábitos a partir dos cuidados citados acima. Se mesmo assim o déficit atencional continuar, então é momento de procurar um especialista para uma investigação mais apurada. A Atenção é um recurso valioso e bastante negligenciado em nossas vidas, por isso precisamos cuidar bem dela.

A FACE MASCARADA DA DEPRESSÃO

LUCIANO MESSIAS BLOG

Dr. Luciano Messias
Psicólogo – CRP: 06/148895

Todos nós conhecemos a Depressão e seus sintomas naquela forma convencional, tipicamente marcada pelo comportamento de desesperança, perda de interesse nas atividades, falta de prazer, baixa autoestima, culpa e dificuldade em tomar decisões. Mas pouco se fala sobre a Depressão branda, ou, como eu costumo chamar, “a face mascarada da Depressão”.

Nela, o deprimido, mesmo envolvido pelo nevoeiro da melancolia e enxergando a vida cinzenta, consegue forjar uma atitude otimista com bastante vivacidade, positividade e alegria. Por isso, é bastante comum que essas pessoas consigam motivar e contagiar os demais ao seu redor com essa “positividade”, no intuito de que ninguém perceba que eles estão deprimidos. Possivelmente, quando essas pessoas revelaram para alguém próximo que estavam deprimidas, receberam aqueles conselhos típicos:

“Ah, pára com isso fulano! Não se deixe levar por essa tristeza, sorria! A vida é tão bela; agradeça pela vida; agradeça por ter um bom emprego, um bom marido/uma boa esposa; filhos saudáveis e a oportunidade pelos estudos. Vou te levar para uma festa (ou para igreja) e tenho certeza que a alegria dessas pessoas irá te contagiar ainda mais! Olha para a natureza, veja os pássaros cantando!”

E sabe qual é o pior desta história toda? A pessoa deprimida segue esses conselhos e continua no seu estado de negação. Na verdade, a Depressão Branda começa a ser instalada no psiquismo destes indivíduos desta forma, com a positividade tóxica e negação de suas angústias. E o resultado dessa história, vocês devem imaginar: esses indivíduos esperam que todo esse esforço resulte num alívio do sentimento incapacitante da Depressão, mas o que realmente ocorre é exatamente o contrário… elas vão encobrindo essas tensões ao longo de sua vida até chegarem ao ponto em que tudo estoura! Feito uma panela de pressão, que vai acumulando a sobrecarga interna até chegar ao seu limite total, com o risco de provocar um acidente de grandes proporções contra a própria vida. E tudo isso acaba dificultando ainda mais que o tratamento psicológico e psiquiátrico chegue até essas pessoas. Neste artigo quero falar um pouco mais sobre esse assunto no intuito de ajudar a identificação e sensibilizar essas pessoas para o tratamento adequado.

 Na “face mascarada da Depressão” temos a sensação de que essas pessoas vestem uma máscara social colorida e alegre para se esquivar de seus “fantasmas psicológicos” internos.  Porém o termo técnico em Psicologia que damos para esse fenômeno é o de “defesa maníaca”, que implica numa negação do humor depressivo, assim como sua resposta e reação que esboçam um comportamento positivo que exige um imenso esforço e energia psicológica numa intensidade equivalente ao sentimento de Depressão interno. A tentativa dessas pessoas está em equilibrar esse sentimento que as deprimem esboçando para o mundo externo uma reação/atitude alegre de felicidade e de encorajamento. A personalidade dessas pessoas oscila e dissocia-se entre esses dois estados mentais, o da sobrecarrega por controlar a tensão interna de tristeza profunda e o de forjar essa defesa “maníaca” na demonstração de alegria e amor pela vida.

Para clarear um pouco mais este assunto, gosto de citar os pensamentos de Winnicott a este respeito, trata-se de um grande pediatra inglês que disse abordou com maestria sobre o psiquismo humano. Em seus textos ele diz que, em nosso psicológico existem várias impurezas que podem nos conduzir aos sintomas patológicos. Portanto, é necessário entender um pouco mais dessas impurezas que se manifestam de formas diferentes e dinâmicas bem particulares de acordo a história de vida de cada indivíduo.

Cada pessoa possui um significado pessoal e um conjunto de “verdades” que estruturam o humor deprimido. E, por esse motivo, é bastante útil não aderir a atitude de negação, é preciso olhar para essas impurezas com atenção e cuidado; por isso, não hesite em procurar um bom profissional que possa te auxiliar no tratamento adequado. Não vale a pena mascarar a Depressão, estar deprimido não é sinônimo de fraqueza e sim de fortaleza! Estes sentimentos são resultado do quanto você foi forte até este momento e uma ajuda profissional em determinadas fases da vida pode nos conduzir para um caminho diferente e mais gratificante, na tentativa de entender e equilibrar esses “fantasmas emocionais”. E mesmo que esteja envolvido pelo nevoeiro da Depressão e enxergando a vida cinzenta não arrisque forjar uma personalidade marcada por este oposto.

Vamos juntos entender o que está em jogo nesta batalha interna e identificar defesas mais consistentes que não seja a negação. Lembre-se que tudo aquilo que nos incomoda quer nos ensinar algo.

Abraços e até mais.

Os Candidatos Psicopatas

DANIEL CALCANTEE  BLOG

Dr. Daniel Cavalcante
Psiquiatra – CRM: 165836

E aí? Você vai votar em um psicopata? Cuidado, a chance até que é razoável… A vida política é um campo bastante atraente para os psicopatas. Que tal se inteirar de algumas características deles?

Geralmente são pessoas muito sedutoras e bem articuladas, com uma grande habilidade de convencimento. E, ao atrair pessoas para perto deles, exercem sua capacidade de manipulação, muitas vezes visando tirar proveito daquelas relações.

Não sentem remorso em prejudicar a vida de outras pessoas em detrimento de prazer próprio. São seres desprovidos de empatia, insensíveis ao sofrimento alheio. Capazes, por exemplo, de desviar verbas de hospitais públicos sem se importar com as mortes decorrentes de tal prática.

Geralmente são dissimulados; mentem muito bem, sem nenhum pudor, daqueles que parecem acreditar na própria mentira.

Essas características já se evidenciam desde a adolescência. Quando são dotados de um maior nível intelectual, não raramente costumam conquistar altos cargos públicos ou executivos.

Outros acabam tendo a cadeia como destino. Estima-se que 20% dos presos são psicopatas. Alguns casos famosos são o Chico Picadinho, Maníaco do Parque, Champinha e Suzane Von Rishtoffen.

Identificar um psicopata nem sempre é uma tarefa fácil e, muitas vezes, passam boa parte ou até mesmo a vida inteira sem serem reconhecidos como tal…
Fiquem de olho!

A Família no Divã

Sheila Ida
Psicóloga Clínica – CRP: 06/148469

Quando recebemos uma pessoa para tratamento mental, seja ela uma criança, adolescente ou adulto, começamos a investigar e nos perguntar o que estaria causando os seus sintomas, o que poderia estar ajudando a manter seus problemas e sofrimento psíquico.

Nesse sentido, um olhar atento e minucioso sobre o indivíduo passaria necessariamente pela avaliação de sua relação com a Família, ou a falta de uma. Destaco aqui que a estruturação da personalidade de um indivíduo está diretamente sendo desenvolvida dentro do ambiente onde ela vive.

Winnicott, pediatra e psicanalista renovou o legado de Freud com conceitos elaborados durante sua experiência de 40 anos com crianças e adolescentes. Para o autor, o primeiro ambiente é a Família onde esse indivíduo nasceu. Se tudo correr bem nesse primeiro ambiente, como uma conquista, o indivíduo conseguiria uma inserção adequada e produtiva na sociedade.

Estou convicta de que hoje existem diversos modelos familiares e não pretendo aqui entrar nessa discussão. O que gostaria de ressaltar é que todos os indivíduos já foram, um dia, um bebê. Desse modo, contemplamos, na avaliação do processo de desenvolvimento de uma pessoa, dois cenários: de um lado há o hereditário e, do outro, o ambiente, o qual pode apoiar, falhar ou traumatizar.

Portanto, se queremos promover saúde emocional, é fundamental que tenhamos a capacidade e o preparo de sempre olhar o indivíduo como um todo, levando em conta não apenas a sua individualidade, mas também o ambiente onde ele se insere!

JÁ OUVIU FALAR EM TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL, A TCC?

Elaine Mattos
Psicóloga CRP: 80/688

Lá no começo dos anos 60, um psiquiatra chamado Dr. Arron T. Beck se baseou no conhecimento empírico da Psicologia para criar a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). 

A TCC é um tipo de psicoterapia de duração breve que geralmente foca mais na problemática atual do paciente, mas também trabalha conteúdos mais antigos da vida do paciente, conteúdos que lhe causaram dificuldades emocionais e se refletem em sua vida atual. 

O principal objetivo da TCC é corrigir os pensamentos distorcidos que aparecem de forma ameaçadora e intrusiva, aliviando, assim, os sintomas resultantes. 

É uma abordagem bastante abrangente, que trabalha a interrelação entre a emoção, o pensamento e o comportamento do indivíduo, passando desde os disparadores que mantém os comportamentos inadequados até a função e os ganhos secundários que cada sintoma tem dentro do atual contexto de vida do paciente. 

Na TCC, entendemos que os eventos que ocorrem na nossa vida nos afetam no modo como os interpretamos, de forma a gerar angústia, a qual acaba gerando sintomas que se repetem. 

É um tipo de terapia é indicada para tratamento em todas as faixas etárias.

Quando o horror de engordar vira doença

Sheila Ida
Psicóloga Clínica
– CRP: 06/148469

Para pensar os Transtornos Alimentares, precisamos inseri-los dentro da sociedade atual, onde é visível a intolerância com a gordura. Vive-se nas imagens perfeitas, exibidas como espetáculo.

O termo anorexia nervosa deriva do grego orexis (apetite) acrescida do prefixo an (privação, ausência). Portanto, significa uma perda de apetite. Entretanto, essa expressão não seria a mais adequada, porque, no início do quadro, é possível identificar uma luta contra a fome (ali ainda existente), associada a redução da alimentação, métodos purgativos e/ou excesso de atividade fisica.

No que diz respeito à bulimia, trata-se da ingestão de uma grande quantidade de alimentos, alternada com comportamentos para evitar o ganho de peso, tais como vômitos e uso de laxantes.

Embora anorexia e bulimia sejam classificadas separadamente, ambas apresentam uma excessiva preocupação com o peso e perturbações graves na forma de vivenciar o próprio corpo. Como efeito disso, tais transtornos alimentares parecem atestar: nega-se o próprio corpo em nome do TERROR de não conseguir exibir uma imagem ideal.

São transtornos cuja incidência vem aumentando ao longo dos últimos anos, principalmente devido à cultura da vaidade que se instalou nas redes sociais. Mas, nós profissionais estamos também cada vez mais atentos aos múltiplos fatores envolvidos e mais capacitados a tratar tais condições.