Você sabia que o cigarro eletrônico (JUUL) e o tabaco aquecido (IQOS)…

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Dra. Marcela Ximenes
Médica Pneumologista – CRM: 166911

– Contêm nicotina em concentrações elevadas causando dependência;

– Contêm substâncias cancerígenas e aditivos que podem causar doença respiratória;

– A exposição ao seu aerossol eleva os riscos de doenças cardiovasculares como infarto, inclusive nas pessoas que estão perto (expostos passivos);

– Diminui a defesa local das vias aéreas, aumentando risco de sintomas graves caso seja acometido pelo coronavirus.

Posso consumir bebida alcoólica após vacinação contra COVID 19?

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Com o avanço da vacinação , em grupos etários mais jovens , essa pergunta vem se repetindo no consultório.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), envolvida nas decisões do Programa Nacional de Imunização (PNI), informou que nenhuma vacina, incluindo todas para prevenir a covid-19, contraindica o consumo de bebidas alcoólicas ou exige precauções. Não há qualquer interferência na resposta imunológica ou aumento do risco de eventos adversos. 

É importante ressaltar, no entanto, que o uso crônico e abusivo de álcool pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentar o risco de infecções por vírus e bactérias, além de trazer diversos outros prejuízos à saúde e à vida

Portanto , o bom senso é a melhor resposta ! Como qualquer procedimento que será feito em nosso corpo, podem haver efeitos colaterais , então o melhor é eliminar qualquer fator. Se pode aguardar ao menos 2 ou 3 dias , o faça.  Só não deixe de se vacinar porque irá consumir bebida alcoólica. 

SEGUNDA DOSE DA VACINA PODE SER TOMADA FORA DO PRAZO?

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Embora não existam estudos científicos mostrando os efeitos da vacinação com a Coronavac fora do prazo, a determinação do Ministério da Saúde  é  de que todos os que receberam a primeira dose tomem a segunda assim que possível, mesmo após o intervalo de 28 dias.

As pesquisas sobre a Coronavac foram baseadas na aplicação da segunda dose entre 14 e 28 dias e não há resposta científica sobre os efeitos do atraso sobre a eficácia do imunizante. Tendo em vista o que se sabe sobre outras  vacinas, acredita-se que o atraso de algumas semanas não deve comprometer a proteção oferecida pela vacina. O problema é que, quanto mais tempo a pessoa ficar sem a segunda dose, mais tempo estará suscetível a se contaminar com o coronavírus entre as duas aplicações.
Até a segunda dose não há proteção completa , por isso um tempo de espera muito longo deixa o indivíduo mais tempo vulnerável. 

PRIMEIRA DOSE JÁ OFERECE ALGUMA PROTEÇÃO?

Ainda não há conclusão sobre o nível de proteção oferecido apenas pela primeira dose da Coronavac. Resultados preliminares de um estudo realizado com quase 68 mil profissionais da saúde vacinados em Manaus demonstram uma proteção de 50% em prevenir a contaminação sintomática pelo coronavírus após 14 dias desde a primeira dose da vacina, contudo a análise é inicial. 

A primeira dose não será desperdiçada com atraso da segunda. A segunda dose é o reforço, ela potencializa a primeira resposta do organismo, produzindo ainda mais anticorpos,. Lembrando que é essencial tomar a segunda dose, porque os estudos sobre a vacina consideram as duas aplicações.

Se cuidem, e fiquem bem,! 

Será que eu faço parte do novo grupo de vacinação contra covid-19?

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Você também está se perguntando quando vai ser a sua vez de se vacinar contra a COVID-19?

O Governo Estadual, lançou a lista do novo grupo para vacinação Covid-19, que são pessoas com comorbidades e com deficiência permanente (BPC) (30 a 39 anos).

✍🏻 Segue a lista de comorbidades:
– Síndrome de Down;
– Diabetes mellitus;
– Pneumopatias crônicas graves (doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave;
– Hipertensão arterial resistente (HAR);
– Hipertensão arterial – estágio 3;
– Hipertensão arterial – estágio 1 e 2;
– Insuficiência cardíaca;
– Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras);
– Valvopatias;
– Miocardiopatias e Pericardiopatia;
– Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas;
– Arritmias cardíacas;
– Cardiopatias congênitas no adulto;
– Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados;
– Doença cerebrovascular;
– Doença renal crônica: doença renal crônica estágio 3 ou e/ou síndrome nefrótica (transtorno renal);
– Hemoglobinopatias graves: anemia falciforme e talassemia maior;
– Obesidade mórbida: Índice de massa corpórea (IMC) ≥ (maior ou igual a) 40;
– Cirrose hepática: Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C;
– Pacientes portadores de doenças reumáticas imunomediadas (DRIM), como artrite reumatoide, espondiloartrites e lúpus eritematoso sistêmico, em uso de dose de prednisona (ou equivalente) maior a 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida bem como demais pacientes em uso de imunossupressores;
– Pacientes vivendo com HIV/Aids (PVHA);
– Pacientes oncológicos (com câncer), pacientes transplantados e demais pacientes imunossuprimidos: a avaliação do benefício em relação ao risco e a decisão referente à vacinação deverá ser realizada pelo paciente em conjunto com o seu médico.

Você sabia que aqui na Clínica Trianon temos uma equipe de especialistas que cuidam dessas comorbidades listadas acima?

Como saber se eu tive covid-19 se divido a cama com uma pessoa infectada?

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Pesquisadores de USP, Unesp e Fleury identificaram genes do sistema imune que podem ajudar no entendimento. Eles compararam 86 “casais discordantes”, em que só um desenvolveu a doença, apesar de terem mantido o contato durante a infecção.
 
Os genes identificados como causadores da susceptibilidade são o MICA e MICB,  que pertencem ao chamado “complexo principal de histocompatibilidade”, no cromossomo 6. Essas moléculas já foram descritas em estudos anteriores e estão associadas ao estresse celular, em situações como câncer e infecções.
 
Os pesquisadores observaram, por modelos matemáticos que moléculas MICA estavam aumentadas e as MICB diminuídas nos indivíduos infectados. Por outro lado, as MICB estavam aumentadas nas pessoas resistentes.
 
Outro complexo estudado foi o LRC (complexo leucocitário humano). Análises mostraram que os genes LILRB1 e LILRB2 estavam 5X vezes mais expressos nas pessoas infectadas. Eles atuam como inibidores das Natural Killers (NK), um tipo de célula de defesa do nosso sistema imune inato.


Importante dizer que a maioria das doenças não está associada a um único gene, mas faz parte de um sistema complexo, e uma ou outra molécula pode colaborar para a resistência ou suscetibilidade à infecção.
 
Pesquisadora do estudo em artigo da revista da USP afirmou : “Tivemos uma diferença muito grande de gênero. O grupo dos suscetíveis era composto de 53 homens e 33 mulheres; entre os resistentes, estavam 29 homens e 57 mulheres.”
 
Portanto, aguardamos maiores esclarecimentos sobre o tema, e quem sabe novos tratamentos !
 

REFERENCIAS:

Fonte : https://jornal.usp.br/ciencias/genes-do-sistema-imune-podem-explicar-a-resistencia-e-a-suscetibilidade-ao-novo-coronavirus/

Meu tipo Sanguíneo tem maior risco de contrair COVID-19?

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Dra. Marcela Ximenes
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Um estudo recente analisou a correlação entre grupos sanguíneos e o risco de contrair COVID-19. Neste trabalho, foram incluídos mais de cem mil indivíduos com diagnóstico de COVID-19 , entre os dias 03 de março e 02 de novembro de 2020.


A conclusão foi que o tipo sanguíneo não está associado a risco maior de contrair a doença. Esta foi uma grande novidade, uma vez que estudos anteriores tentaram demostrar essa associação. Até então, as descobertas apontavam que as pessoas com sangue do tipo A eram mais suscetíveis à forma crítica da doença, enquanto aquelas com sangue do tipo O eram menos suscetíveis.


Portanto, o tipo de sangue não foi associado à suscetibilidade ou gravidade da doença, incluindo positividade viral, hospitalização ou admissão na UTI. Comparado com o sangue do tipo O, o tipo A não foi associado ao aumento da positividade viral ou admissão na UTI. Da mesma forma, os tipos B e AB não foram associados resultados piores do que o tipo O.

O que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)?

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Dra. Marcela Ximenes
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A doença pulmonar obstrutiva crônica, também chamada de DPOC, é uma condição que inclui duas doenças principais: bronquite crônica e enfisema.

A intensidade de cada componente em um determinado paciente (bronquite crônica e enfisema) é variável. A palavra obstrutiva significa que ao se fazer um teste de função pulmonar, na DPOC, os pulmões se esvaziam mais lentamente em comparação a pessoas de mesmo sexo, idade e estatura.

A principal causa de DPOC é o tabagismo .

VACINAS PARA COVID-19

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Dra. Marcela Ximenes
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Desde o início da pandemia, por Sars-Cov2 (novo coronavírus), mais de 6milhões de pessoas foram acometidas pela doença, havendo mais de 170mil mortes. Além do grande impacto sobre a saúde e as mortes, houve também uma mudança radical no comportamento coletivo, culminando com aumento de pessoas sofrendo com ansiedade e depressão.

Por essas razões, os tratamentos para a COVID-19 tornaram-se tão desejados. Porém, a grande maioria deles, não teve sua eficácia, para reduzir transmissão ou sintomas, comprovada. Dessa maneira, as vacinas são consideradas promissoras no combate à pandemia.

O tempo médio para produção de uma vacina é em torno de 10 anos, porém, nos últimos nove meses, 49 tipos de vacinas estão sendo testadas em humanos, e mais de 164 tipos em estudos experimentais (com animais ou in vitro), um ritmo acelerado e, sem precedentes na história da medicina.

As vacinas citadas a seguir, foram capazes de gerar proteção e estudos com primatas e em humanos em testes iniciais.  Nenhum dos estudos identificou grandes preocupações de segurança, mas todas as vacinas provocaram efeitos adversos, como: febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga, mialgia, dores nas articulações.

-Moderna: vacina de RNAm, administrada por via intramuscular, em duas doses com intervalo de 28 dias. Mostrou eficácia de 94,5%; participaram do estudo aproximadamente 30mil indivíduos entre 18 e 55 anos. Nenhuma preocupação importante com segurança foi relatada. Deve ser conservada a -20 graus, sendo factível mantê-la em geladeira por até um mês. Ainda não há um contrato com o governo brasileiro.

-BioNTech and Pfizer: vacina de RNAm , intramuscular, em duas doses com intervalo de 21 dias . Testada em indivíduos entre 18 e 55 anos. Os efeitos adversos foram dependentes da dose e foram mais comuns após a segunda dose; efeitos graves foram relatados em um pequeno número de participantes com menos de 55 anos, mas não em participantes mais velhos. Mostrou 95% de eficácia, em idosos (>65anos) eficácia >94%. Cerca de 40mil indivíduos participaram do estudo. Deve ser conservada a -70 graus, o que pode ser um grande problema para distribuição, especialmente em locais quentes e distantes. Também não há um contrato com o governo brasileiro.

 -Oxford-AstraZeneca: vacina que utiliza vetor (adenovirus) via intramuscular, em dose única ou repetida com intervalo de 28 dias. Indivíduos entre 18 e 55 anos. Fadiga, dor de cabeça e febre foram relativamente comuns, sendo graves em 8% dos casos. Foram incluídos em outro estudo com essa vacina, indivíduos com >70 anos, sendo a vacina melhor tolerada nessa faixa etária e capaz de gerar anticorpos protetores. Apresentou 70% de eficácia. Participaram desse estudo 20mil indivíduos. Nenhuma hospitalização ou casos graves foram documentados nos grupos de vacinas. A vacina é a mais barata e mais fácil de armazenar e ser transportada, pode ser armazenada em geladeiras comuns. Já há acordo com governo brasileiro para compra de lotes e transferência de tecnologia.

-CoronaVac (Sinovac)– Utiliza o vírus da SARS-CoV-2 inativado associada a uma proteína capaz de aumentar a resposta imunológica ao vírus,  desenvolvida na China. Administrada por via intramuscular em duas doses com 28 dias de intervalo. Está em fase mais atrasada nos estudos (fase II), parece ser segura e capaz de gerar imunidade. Em um ensaio clínico randomizado de fase I / II, controlado por placebo, a vacina parecia segura e imunogênica em indivíduos saudáveis ​​com idade entre 18 e 59 anos. Ela pode ser armazenada em refrigeração padrão (assim como a vacina da gripe) e por até três anos. O governo de São Paulo estabeleceu acordo com a Sinovac em parceria com instituto Butantã.

Embora esses resultados sejam animadores, os estudos ainda não foram concluídos, principalmente quanto aos dados de segurança, que podem ser perceptíveis apenas quando utilizadas em larga escala: duração do efeito da vacina, necessidade de doses adicionais, aplicação em idosos ou pessoas doentes e capacidade de produção e distribuição. A grande meta é encontrar uma “vacina para todos”, e dessa forma controlar a transmissão da COVID-19.