Como o intestino reage às nossas emoções?

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Dra. Gabriela Laiber
Nutricionista – CRN3/ 54141/P

Intestino doente = cérebro doente!
O contrário também é verdadeiro.

Não há mais dúvidas de que o intestino tem ligação direta ou indireta com todos os outros órgãos.

Nesse contexto, o eixo intestino-cérebro se destaca.
Quando nossas emoções estão em desequilíbrio, nosso intestino pode sofrer, gerando sintomas intestinais.

A diarreia ou a constipação são os casos mais comuns quando as pessoas estão em estado de ansiedade. Refluxo e náuseas também podem acontecer.

Isso tudo porque há uma comunicação do intestino com o cérebro e essas emoções geram reações que levam a cada um de nós a expressar esse evento de maneiras diferentes.

Tanto a comunidade microbiana que habita o intestino, assim como a rede neuronal intestinal (sim, temos neurônios no intestino) e os metabólitos lá produzidos possuem a capacidade de modular o sistema nervoso central.

👉 Precisamos evitar fatores que desequilibram a microbiota e barreira intestinal, como:
– uso aumentado de antibióticos
– uso prolongado de medicamentos anti-ácidos
– excesso de gordura animal, açúcar e álcool
– excesso de agrotóxicos e produtos industrializados com seus aditivos químicos

👉 Portanto, regular a microbiota por meio de mudanças na dieta e estilo de vida pode ser uma alternativa, ao lado dos tratamentos psiquiátricos e terapia, para aliviar os sintomas de ansiedade!

🚫 5 FAKE NEWS do EMAGRECIMENTO:

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Nutricionista – CRN3/ 54141/P

Com tantas informações sobre alimentação e emagrecimento, precisamos sempre ficar alertas para não sermos enganados!

🚫 5 FAKE NEWS do EMAGRECIMENTO:

1. Dietas muito restritivas, além de serem muito difíceis de manter, podem causar deficiência de vários nutrientes. Você estará comprometendo a sua saúde e não verá resultado a longo prazo.


2. Não existe alimento milagroso que faça perder peso e medidas instantaneamente.


3. Não há estudos científicos que comprovem que tomar água com limão em jejum auxilie no processo de perda de peso.


4. Produtos diet – que não possuem açúcar na composição e são indicados para pessoas diabéticas – podem ser tão calóricos quanto suas versões tradicionais. Isso porque costumam ter maior adição de gordura para manter sabor e textura agradáveis. Fique atento aos rótulos!


5. Sucos e chás não tem as quantidades adequadas de proteínas, vitaminas e fibras que os alimentos sólidos das refeições possuem, além de não produzirem saciedade, pois são de rápida digestão.

Sempre se informe sobre alimentação em fontes confiáveis e com nutricionistas! 💕

Fatores Envolvidos no Emagrecimento

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Dra. Gabriela Laiber
Nutricionista – CRN3/ 54141/P

Quando falamos em emagrecimento automaticamente pensamos em alimentação saudável e atividade física, não é mesmo? É claro que são dois pilares fundamentais, mas esses dois fatores são apenas a ponta do iceberg!
Para que o emagrecimento ocorra de forma saudável e duradoura muitas outras coisas devem ser levadas em consideração!
Uma das coisas mais importantes é a INDIVIDUALIDADE! Cada pessoa tem um metabolismo, um perfil genético, um tipo de comportamento alimentar… e por isso que dietas prontas e que prometem resultados milagrosos não funcionam!

Sabe o segredo? Ter uma dieta feita para você! E é exatamente para isso que nós, nutricionistas, estamos aqui!

Alimentos que ajudam a reduzir a ansiedade.

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Dra. Gabriela Laiber
Nutricionista – CRN3/ 54141/P

O Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18.6 milhões de brasileiros, ou seja, 9.3% da população convivem com o transtorno, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por que a nutricionista está falando de ansiedade?

Porque esse é um dos principais gatilhos que levam as pessoas a ganharem peso, descontrolarem a glicemia, a função intestinal e terem dificuldade de manter e ter sucesso com o plano alimentar proposto.

O que fazer caso a ansiedade esteja comprometendo sua qualidade de vida?

Procure um psicólogo e um psiquiatra!

Além de terapia e medicamentos, outras intervenções são importantes e devem ser consideradas:

– Prática de atividade física regular;
– Alimentação anti-inflamatória, rica e diversificada em nutrientes;
– Práticas como meditação, relaxamento e atenção plena;
– Equilíbrio de microbiota e barreira intestinal;
– Fitoterápicos e nutracêuticos para equilíbrio dos neurotransmissores.

Como a ansiedade pode afetar a sua saúde?

– Dor de cabeça
– Síndrome do Intestino Irritável
– Compulsão alimentar / Falta de apetite
– Falta de foco, concentração, memória.
– Infecções oportunistas
– Insônia
– Alcoolismo e tabagismo
– Depressão

Alguns alimentos específicos são importantes para a produção de hormônios e neurotransmissores responsáveis pelo equilíbrio das funções cerebrais, como o GABA, que é um dos principais neurotransmissores inibitórios do sistema nervoso central e auxilia no equilíbrio da transmissão nervosa, produzindo efeito ansiolítico e de redução do estresse.

👉 Alguns exemplos de alimentos que ajudam a controlar a ansiedade, desde que façam parte de uma alimentação saudável e equilibrada:

 *Alimentos fontes de triptofano – necessário para a produção de serotonina: banana, aveia, grão de bico, ovos.

* Alimentos ricos em ômega 3 – necessário para a síntese de serotonina, melatonina e defesa anti-inflamatória: linhaça, nozes, sardinha, crustáceos, algas.


* Alimentos ricos em magnésio, vitamina B6 e vitamina B9 – cofatores da síntese de vários neurotransmissores: amêndoas, espinafre, semente de abóbora, semente de girassol, brócolis, abacate.


* Alimentos ricos em fibras – necessários para a flora probiótica (atuam como prebióticos) e saúde intestinal: aveia, psyllium, maçã, aspargos, chicória, banana, yacon, cebola.

* Alimentos ricos em polifenóis – necessários para a flora probiótica (atuam como prebióticos), saúde intestinal, proteção anti-inflamatória e antioxidante: cúrcuma, gengibre, pimenta, chá verde, cacau, castanhas, açaí, romã, alecrim.


Alguns fitoterápicos também são ótimas alternativas, como chá das folhas de maracujá, chá das folhas de melissa e chá das flores de camomila.

Importante lembrar que a indicação de cada alimento ou fitoterápico, a quantidade de ingestão, e frequência devem ser orientadas por um nutricionista. ❤

Você sabia que alguns alimentos podem ajudar na prevenção e controle da Diabetes?

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Dra. Gabriela Laiber
Nutricionista – CRN3/ 54141/P

Vocês sabiam que alguns alimentos podem ajudar na prevenção e controle dessa doença?
Alguns exemplos:

🔸️ Banana verde (biomassa e farinha): possui amido resistente, um tipo de fibra prebiótica que além de auxiliar na manutenção da microbiota intestinal saudável, muito importante no tratamento e prevenção da diabetes, também lentifica a resposta glicêmica.

🔸️ Farelo de aveia: a aveia possui fibras solúveis, a betaglucana, com ação hipoglicemiante e redutora do colesterol.

🔸️ Abacate: fruta rica em fibras e gordura com ação antiinflamatória que auxilia na maior sensibilidade das células periféricas à ação da insulina.

🔸️ Yacon: é um tubérculo rico em fibras que evitam os picos glicêmicos.

🔸️ Canela: possui polifenóis que podem diminuir a resistência à insulina facilitando o controle glicêmico.

🔸️Oleaginosas: ricas em fibras com ação antiinflamatória e antioxidante.

Esses alimentos podem também ajudar no controle do peso e melhora do perfil lipídico.

⚠️ Importante lembrar que as quantidades, como e quando usar devem ser individualizadas. Procure um nutricionista!

⚠️ Esses alimentos NÃO substituem a terapia medicamentosa prescrita! Eles auxiliam para uma melhor resposta ao tratamento!

Cuide-se!

Obesidade e Infertilidade Masculina

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Dra. Gabriela Laiber
Nutricionista – CRN3/ 54141/P

Segundo a OMS, 1 em cada 8 adultos no mundo são obesos, e a projeção para 2025 é de que 2.3 bilhões de indivíduos estejam com sobrepeso, sendo mais de 700 milhões com obesidade. No cenário nacional, essa doença crônica aumentou 67,8% nos últimos doze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. 

A obesidade é caracterizada como um excesso de gordura corporal, sendo um fator de risco para doenças como hipertensão arterial, diabetes e diversos tipos de câncer. A obesidade é uma doença multifatorial, sendo necessário levar em consideração a complexidade da doença e assim como a maioria das doenças humanas, a obesidade se origina a partir de interações de fatores ambientais com a genética individual.


Além disso, no caso dos homens, essa doença pode causar infertilidade por meios de mecanismos epigenéticos que podem mudar a expressão gênica e levar a alterações celulares e por mecanismos hormonais devido ao aumento da insulina e alteração no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal com diminuição dos hormônios folículo estimulante e luteinizante e consequentemente da testosterona, a qual níveis adequados de testosterona intratesticular são pré requisitos para o processo de espermatogênese. A infertilidade masculina também é agravada por outros  mecanismos consequentes da obesidade, como disfunção erétil, estresse, inflamação e apneia do sono.    

Fonte: Fertility and Sterility. Vol. 107, No.4, april 2017.  

Esclarecendo a Diabetes

JANAINA PETENUCI BLOG

Dra. Janaina Petenuci
Endocrinologista – CRM 166420

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A Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Sua ausência implica em nível alto de glicose no sangue – hiperglicemia –, podendo haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Mas o que é insulina? É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população. E esse número está crescendo e muita gente até desconhece que possui a doença. Conheça os tipos mais comuns abaixo:

• Diabetes tipo 2: , bem mais comum, ocorre quando o organismo tem sua produção de insulina progressivamente reduzida, associada à uma resistência à ação dela, no corpo, ou seja, como o corpo processa o açúcar do sangue (glicose). Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco.
o Quais são os fatores de risco?
• Pressão alta
• Alto nível de LDL (‘mau’ colesterol) e triglicérides; e/ou baixo nível de HDL (‘bom’ colesterol)
• Sobrepeso, principalmente se a gordura se concentrar em torno da cintura
• A combinação de pré-diabetes (ou diabetes) com o tabagismo
• História Familiar de diabetes
• Diabetes gestacional

• Diabetes tipo 1: o sistema imunológico ataca por engano as células do pâncreas, fazendo com que pouca ou nenhuma insulina seja produzida. Concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.
O diabetes tem um componente genético e pode iniciar espontaneamente durante a infância ou adolescência (tipo 1), durante a vida adulta (tipo 2).

Entre o Tipo 1 e o Tipo 2, foi identificado ainda o Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Algumas pessoas que são diagnosticadas com o Tipo 2 desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células beta do pâncreas.

• Pré-diabetes: o termo é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de diabetes. 50% dos pacientes nesse estágio ‘pré’ vão desenvolver a doença. Apenas 30% dos pacientes têm informações sobre essa condição.

• Diabetes gestacional: Altos níveis de açúcar no sangue que afetam gestantes. A placenta reduz a ação da insulina, o que é compensada pela ação do pâncreas. No entanto, em algumas mulheres esta compensação não ocorre, fazendo com elas desenvolvam diabetes gestacional. A mulher fica com uma quantidade maior do que o normal de açúcar no sangue, que, normalmente, se equilibra sozinha, depois que o bebê nasce. Ela afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê

o Quais são os fatores de risco?
• Idade materna mais avançada
• Ganho de peso excessivo durante a gestação
• Sobrepeso ou obesidade
• Síndrome dos ovários policísticos
• História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional
• História familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos)
• História de diabetes gestacional na mãe da gestante
• Hipertensão arterial na gestação
• Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).

O controle do diabetes gestacional é feito, na maioria das vezes, com a orientação nutricional adequada. Para cada período da gravidez, uma quantidade certa de nutrientes. A prática de atividade física é outra medida de grande eficácia para redução dos níveis glicêmicos. A atividade deve ser feita somente depois de avaliada se existe alguma contraindicação. Aquelas gestantes que não chegam a um controle adequado com dieta e atividade física, têm indicação de associar uso de insulinoterapia.

O diagnóstico pode vir sem grandes sacrifícios. Um simples exame de sangue pode revelar se você tem diabetes. Com uma gotinha de sangue e três minutos de espera, já é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia. Caso a alteração seja considerável, será necessária a realização de outros exames, mais aprofundados.

Uma das coisas mais importantes do tratamento é controlar o nível de glicose no sangue, para evitar complicações. A medição pode ser feita por meio de um monitor de glicemia ou por meio sensores de glicemia. Os dois tipos de aparelho devem ser adquiridos e usados com orientação da equipe multidisciplinar. É importante seguir as orientações para que a medição seja feita nos horários corretos, nas situações corretas e com a frequência ideal. Com esses dados, é possível tomar as melhores decisões. É importante anotar ou registrar esses dados em aplicativos gratuitos para o celular. Assim, vai ser possível perceber claramente a interação entre os medicamentos, a atividade física, a alimentação e o modo como você está se sentindo.
• A glicemia normal em jejum não deverá ultrapassar os 100 mg/dL
• Duas horas após uma refeição, a glicemia não deverá ultrapassar 140 mg/dL

Todas as pessoas, tendo ou não diabetes, devem ter uma alimentação saudável, regulando a quantidade de doces e gordura ingeridos. E fazer um planejamento alimentar é fundamental para ajudar a tornar essa rotina funcional. Os exercícios físicos regulares também ajudam a baixar as taxas de glicemia. Quando você gasta energia, o organismo usa o açúcar do sangue em velocidade maior. Caminhadas e percursos de bicicleta podem ser ótimas opções.

Consumo de Alimentos Ultraprocessados e o Impacto na Saúde Mental

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Dra. Gabriela Laiber
Nutricionista – CRN3/ 54141/P

O consumo de alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes, achocolatados, cereais matinais, refeições prontas congeladas, macarrão instantâneo, sorvete, entre outros (alimentos ricos em açúcar refinado) gordura saturada, alto teor de sódio, corantes e outros produtos sintéticos, são considerados inflamatórios ao nosso organismo. Além disso, estão associados com o desenvolvimento de doenças como, obesidade, diabetes, hipertensão arterial e câncer.

No entanto, recentemente, estudos mostram também a relação dos ultraprocessados com a depressão. Segundo o professor de psiquiatria e psicologia médica da Universidade de Valência, Vicent Balanzá, as doenças psiquiátricas, como a depressão e a esquizofrenia, não são muito diferentes da diabetes, se olharmos as mudanças que ocorrem no organismo em um nível molecular. As pessoas com diabetes e com depressão se encontram em um estado de inflamação sistêmica leve, mas crônica. Dessa forma, alimentos industrializados e ultraprocessados, por serem pró-inflamatórios, levariam a uma piora do quadro de tais doenças. Assumindo isso, as intervenções com dieta e nutrição podem ser eficazes para corrigir a inflamação também, nas doenças psiquiátricas e, em geral, para melhorar o prognóstico das pessoas que as sofrem.

Importante lembrar que você é único e muitos outros fatores precisam ser avaliados individualmente. Para uma análise completa, é necessário que você passe por uma consulta com um nutricionista. Entre em contato conosco. Clique aqui e agende sua consulta.